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Entradas possíveis para o sangramento de TERATOMA, de Ricardo Pedrosa Alves

Luís Serguilha


Foto: rede social do autor



Afectado por Karl Kraus, TERATOMA tumoriza-se para se transmutar obliquamente e se perfurar como língua germinativa dentro de um campo aberto já escarificado pelo salto da carne histérica a captar forças cósmicas-inumanas, forças do acaso avocadas por ritmos gérmicos diferenciadores da diferença onde durações espectrais impelem o leitor para o silêncio dos limiares fabuladores que rasgam completamente a intransitividade da língua: o texto TERATOMA diz desabaladamente, porque dizer se torna um delírio diagramático e intrusivo na maior das incertezas e na dança do desconhecido que se abre através de uma epiderme topológica desabaladamente afectiva e com ecos impiedosos onde a melancolia como desvio animalizante se faz exercício problemático da exaltação do insituável e fuga ininterrupta espiritualizadora do real como nos disse André Gide. TERATOMA advém para quem recria o seu fluxo sonoro que transpõe ininterruptamente limites turbulentos com relanceares paradoxais impulsionadores de vazios mutantes entre linguagens do vigor obscuro já em combustão por dentro de uma anatomia histérica.


TERATOMA é atravessado por “pensamentos voadores” leibnizianos plenos de forças inconscientes que buscam ininterrompidamente um sentido verbal que está sempre em desaparição ao exigir o traduzível de um tempo crónico. TERATOMA cria-se e reinventa-se o tempo todo para deslizar nas coexistências do impossível e exercitar as forças estranhas dos ritmos agramaticais. TERATOMA é envolvido por um macaréu gerador de sentidos afectados por microdanças da hibridização e da cruel mudança perceptiva que impulsiona o leitor a improvisar-se velozmente dentro de concomitâncias acontecimentais, sim, o inferno, o purgatório e o paraíso advêm na duração coexistencial de um pré-caos tremendamente estimulado por contexturas vibráteis que se geram a si-mesmas, arremessando desvios de mapas de vozes por meio de movimentos sensitivos vertiginosos: dizem: o caos da linguagem se exsolve nas vozes de Ricardo Pedrosa Alves que cria saídas caológicas transmovidas pelo vazio energético das metamorfoses da desumanização-do-sensível onde os fôlegos de recomeços ininterruptos de uma quase-total-cristalização e de uma quase-total-obscureza devastam referências ao entrecruzarem forças que andarilham o fundo sombrio-barroco com almas-larvares de um desastre em exultação: há lances múltiplos de uma orfandade inesgotável a espalharem-se por todo o corpo do leitor que explora o excesso do inconsciente, as transbordâncias das virtualidades reais em fricção com linhas de decomposição verbal atraídas pelo risco das falhas da visão, pelo inumano do humano com espelhamentos do anómalo e do vibrátil heteronímico de um vaguear por dentro do informe: TERATOMA acontece se existir imanentemente na diferenciação-animal por meio do vazio e dentro de ondas vigorosas de sensações criadoras de sentidos do inconcebível onde as expressões fissuradas se nutrem do singular das eternidades. O caos ressurge plasticamente, está sempre em construção-desaparição-afectiva. A ritmicidade molecularizada do leitor de TERATOMA não tem alvos em si-mesmo, mas cria vidências turbilhonantes e impele o pensamento a entranhar-se no improvável dentro das interfaces ínferas do Sítio Cercado: Inferno-O-Livro de Sagitário: Purgatório-Monsters: Paraíso já-impregnadas nas magnitudes do entre-tempo-dos-entre-dois em estado de desassossego, de misturação mutável, de transmutação, destruindo angulações representativas com os atractores de insânias enciclopédicas que absorvem múltiplas matrizes com pontos tendenciais movediços e abstractos. Há uma deformação estilizadora com superfícies gérmicas microperceptivas a construírem embates de signos babelescos onde fugas extremamente lúcidas das palavras perfuram TERATOMA contagiadas pela diferença que se difere. Há variações pré-vocais que tangenciam os sons expressivos que se entranham, se esparramam nas zonas imperceptíveis do corpo-texto que faz uso do impensável dentro do pensamento, atingindo as vizinhanças ritornélicas do invisível. Há uma geografia quase-imperceptível a criar sentidos por meio da sua obscureza, sentidos inerentes à evasão assintáctica. O corpo do leitor é continuamente epidemiado por milhares de estímulos respiratórios intuitivos: aqui a absorção e a expiração sígnica-animal defronte ao desvio das vozes instrusivas geram uma relação impiedosa e violentamente pulsátil. Existe um corpo-texto sensibilíssimo que produz sentido aconceptual e em diferenciação rítmica, destruindo estruturas e objectivações por meio de uma quase-forma-móbil a desdobrar-se interrogativamente. Despontam micromovimentos dentro das forças perceptivas em fenda criativa. O sentido de TERATOMA é a sua própria evasão simultânea, é a sua materialização em processo violento e espiritual que rasga o orgânico e a regulação e faz vibrar o proto-eu-gérmico do impossível damasiano que em fricção com o eu-nuclear penetra na complexidade de TERATOMA, exigindo tempo de experimentação e aprendizagens paradoxais e multisensórias. O texto-mangue está em constante mutação. Há uma batida rítmica de correntezas interoceptivas do Sítio Cercado Inferno, exteroceptivas do Livro de Sagitário: Purgatório e proprioceptivas-Monsters: Paraíso que cria uma força acósmica e afectiva com a microvibração tumoral de TERATOMA fazendo movências assintácticas e relacionais dentro da experimentação delirante da própria existência. Des-configuração e matéria se religam e se contagiam e entranham o leitor dentro do manguezal assignificante do texto, sensorializando-o desabaladamente. A fisionomia cognitiva rasga-se, a porosidade obscura da pele mostra-se e extrema-se por dentro de movimentos paradoxais; simultaneamente o texto arremessa o leitor para escutas de porosidades do espaço tumoral do anônimo, que através dos seus batimentos plurivocálicos em delírio esboçam o intensivo do real e despedaçam percepções perseverantes e resolutas. Há uma força ulcerativa virulenta, vesânica, que renasce de TERATOMA, refaz suas camadas conceptuais-órficas e suspende a fuga do leitor com instantes descentrados. As palavras animalizantes trespassam a FERIDA-TERATOMA, absorvem e não transferem, nem comunicam, mas buscam os rascunhos das cartografias ínfimas de uma voz dentro de vozes, extraem os destroços dos membros, as gravezas dos gestos como um jogo ressoante de imagens entre o silêncio pré-verbal, a obsessão do trágico e as transposições do esquecimento à volta de limites, de espessuras, de torsões, de luzências, de ventilações que escavam o que ainda não aconteceu rés a uma fala que procura misturar-se tremendamente com as dores cínicas do mundo. As palavras ultrapassam-se para além das mensurações e das capacidades de dizer porque criam vazios fora das cronografias e retornam às ruínas do espaço tumoral para reemergirem dentro de uma exultação nervina. A fala-TERATOMA infiltra-se no tempo fora de um rosto, adentra-se estranhamente nas vigilâncias das palavras ilegíveis, infiltra-se no corpo do leitor para fissurar a expressão inexaurível e se demover de qualquer percepção objectivada. A fala transverte-se num fluido enérgico criador de eternidades existenciais e de distâncias na duração de uma pré-catástrofe, interrogando o insondável nas fronteiras desfeitas de TERATOMA onde a palavra começa antes da palavra. A palavra não refreia a sua arrancadura, a palavra lança-se por meio do seu espelhamento-animal tentando contornar o incomensurável com detalhes desconhecidos da tumorização gérmica. A palavra-TERATOMA está fora da palavra, é uma ulceração viva, uma carnadura amniótica envolvida por micropercepções desvairadas, é uma oscilação sígnica que dilata o traçado de outra palavra na boca imperceptível do leitor. Uma fala sobrevém absolutamente atravessada por acasos compositivos e por aberturas porosamente opacas que movimentam disjunções imprevisíveis dentro de contágios estranhos do esquecimento-animal onde a dilatação ínfima do gesto-fala é já o roubo de outra fala carregada de mutações abstractas no meio da linguagem do anómalo. Cada palavra de TERATOMA escava as ressonâncias fossilizadas de bifurcações incomensuráveis que estimulam o incógnito, as suspensões invisíveis e o anónimo dos sintomas em recomeço histérico e abertamente sanguissedento. Com a fala autoexpansiva e autoconceptual dentro da aparição de choques sígnicos, a musicalidade delirante de TERATOMA faz fugir o leitor grávido de deformações involuntárias, vertendo o ilegível e criando micro-povoamentos balbuciantes onde as tessituras dos vazios interrompem as palavras, transfronteiram o respiro do texto e impulsionam o desejo fabulatório de deslizar nas extremidades microperceptivas, nas reminiscências da desmesura e nas curvaturas crueis de uma língua. TERATOMA se faz absorção mutante do revir a reaver-animal.


TERATOMA não procura apaziguamento, assimila as brotações dos gritos rés às vozes espessas do abstrato que perfuram os blocos energéticos das falas em tumorização-germinal como um ponto de vista a penetrar intuitivamente no interior da matéria para absorver o indefinido com as tragicidades e as ambivalências à volta do dizer que se diferencia ao tornar-se animalidade do desconhecido. Um espaço de forças ecoantes, de coros gregos, despontam errantemente pelas coexistências verbais da matéria assomada na desaparição de uma linguagem compositora do inominável que não descreve a tumorização de um corpo-texto, porque é uma intermitência ondulante, uma apresentação metamórfica de rastros etológicos intersectados pelas falhas disruptivas de uma língua entre os múltiplos-caos autopoiéticos e um um fulcro esfíngico de um meio movente a fazer do exílio uma voz-gérmica de TERATOMA, já-cingida por renascimentos contínuos de uma respiração da não-resposta, talvez seja um eco da voz incomunicável na plenitude do vazio impregnado na síntese do tempo. Ricardo Pedrosa Alves faz da topologia da voz um silêncio paradoxal, desmesurado e quase-traduzível dentro da linguagem plena de chamamentos de um entre-dizer-expressivo-perante-um-outro a cifrar-se com o extremo do inefável que defronta a devastação por meio de uma memória-ontológica-futurível, construindo uma passagem para uma língua que emancipa a matéria do real com sístoles diastólicas animalizantes onde os exórdios verbais fazem travessias com as secagens do espaço e se tornam expirações de TERATOMA. A carnadura dançante e indeterminada extravasa o corpo do leitor através de uma voz exilada que antecipa cartografias de um tempo sublunar e se faz ritmo de um querer sem transcendências metafísicas a coalizar as paradoxalidades vibratórias de um dizer com uma greta de pré-sentidos friccionados pelo silêncio do impossível compositor de palavras que se contorcem, vasculham-se, convulsionam-se, escoam-se já por dentro de um esquecimento testemunhal. Ricardo Pedrosa Alves faz do indecidível transbordante e da desaparição um devir assimilador de forças cósmicas, uma renascença tumoral-verbal contaminada pelo risco de uma pré-catástrofe ritmável onde a dor-embrionária- multicelular e a crueldade da fractura sígnica se aliam às repercussões de uma escuta do inaudível. A visão topológica arremessa simultaneamente o leitor para as conexões inexploradas do desmedido e para o imperceptível de uma voz aberrante que o atinge por meio de enervamentos voltaicos e de densidades fragmentárias do próprio TERATOMA porque o animal do excesso desviar-se-á sempre dos atritos da constância, gerando estímulos abertos às possibilidades incomensuráveis das zonas de silêncios e do invisível entre limiares de múltiplos gestos religados aos crivos do inconcepto e do monstruoso. É o incontrolável silêncio dentro da fala a envolver os vincos estranhos das irrupções verbais, os desabamentos poríferos das palavras, os prismas das voragens das suspensões até tornar TERATOMA uma película lúcida de velocidades do caos que impulsionam o leitor a ultrapassar a sua possível desaparição por meio de longitudes polimórficas e com fendas geodésicas inesperadas a criarem e a intensificarem o sensível atemporal por dentro da absorvência singular-estésica do real. Vários sentidos entrecruzam-se estranhamente e em interlocução ínfima e histérica onde a contextura é já decomposição gérmica dentro de multiplicidades expressivas. Há uma permutação de espelhamentos trapezistas dentro dos interstícios da linguagem de TERATOMA a exercitar-se na desconstrução semiótica de uma existência sem repouso e na razão impura-ardente transcodificada pela heteronímia etológica, quebrando com logicidades da designação. O anómalo e o inexplicável atravessam o devir-assintáctico de signos invasivos que exaltam a ressurreição de uma voz que nunca se completa. As forças expressivas de TERATOMA usam as aprendizagens da transbordância sígnica para reinventarem geografias inalgoritmizáveis que se ressexualizam e descosturam um corpo em cada gesto-fala onde o leitor contagia-se pelo caológico molecular através de imanências vulcânicas do inconsciente em transdução. TERATOMA é um fluxo de micropercepções gileanas que desdobram encontros barrocos, limiares sígnicos extremados e em decifração turbulenta. O descomunal acósmico embate nos alvos dos dicionários-TERATOMADOS, arremessando existências diferenciais nos mapeamentos do intensivo abíssico que quebram com as composturas semiotizantes, assim, as extremidades caóticas das enciclopédias da indefinição do Sítio Cercado Inferno, do Livro de Sagitário: Purgatório e de Monsters: Paraíso se transmutam em acontecimentos incorpóreos ou porque não em matérias-espirituais geradoras de tempo de um fora-adentrado da desrazão. Vagas do silêncio do risco existencial criam intermezzos de irrigações animistas e entretempos de contágios demoníacos-expiadores de hordas sensoriais, fazendo das eternidades dos recomeços pulsáteis experimentações de corpos supralógicos e inteiramente fluentes dentro de visivas heterogéneas e através de histerizações fabulares que rasgam a predominância orgânica do sensório-motor e se desviam da sobrevida automatizada-besta e do assintomático normótico. A origem de TERATOMA não é o inferno nem a finalidade é o paraíso porque o POEMA-ROMANCE é em si afecção expressionista e metamorfose durável e infinita a cada instante dentro de personagens rítmicos do impossível. O inatural e o quase-indecifrável tentam se conceptualizar dentro da singularização irrefreável do próprio real. Adjacências indistintas, indefiníveis e completamente indetermináveis do Sítio Cercado Inferno, do Livro de Sagitário: Purgatório e de Monsters: Paraíso religam-se, atravessam-se e criam um limiar inesgotável problemático contra as subtilizações das margens das memórias imemoriais. A contiguidade da dor-TUMORAL é já um sentido assignificante contíguo e dobrado pela estranheza do heterogéneo das falas que conecta fugazmente a imagem ao tempo do falhanço libertário para impulsionar as forças da transdução do imprevisto. A magnetização do acesso às flutuações contraentes do inesperado desponta através de tentativas de exaurir o desmedido com anatomias delirantes e com vigílias de vozes dentro de falas inacessíveis ou insituáveis já emaranhadas pela desumanização vitralista do real ampliador de durações góticas. Ricardo Pedrosa Alves absorve o risco-barroquizante entre-flutuações-eternais que simultaneamente ababelam e juntam todas as matérias com escoaduras alofilas da visão experimentadora da crueldade apinhada de RÉ-existências rítmicas e de recomeços inclassificáveis. Há uma transposição de relações de forças do CORPO-TERATOMA através de horizontes contíguos impessoais e nutridos pelo anómalo em disseminação que corporaliza o silêncio múltiplo em si-próprio ao produzir realidade imperceptível dentro de um movimento plástico incontrolável: não se apresenta aqui uma cartilha ou mandamentos, uma lei ou um dever, o puro ou o impuro, mas encontros de lógicas sensoriais estranhas que exigem ultrapassar, superar, transmutar as avaliações existenciais por meio de uma contextura decompositiva catalisadora de processos inobjectiváveis que fazem o leitor transfronteirar-se pleno de práticas fabulatórias, de potências éticas do falsário, de forças de espantos arremessados para a desmedida sofisticação das vazaduras-vomições do mundo (podemos mesmo dizer expectoração sanguinolenta ou hemoptise do mundo).

TERATOMA é uma tumorização energética, sígnica, hesitadora, filosófica, poética e transbordante que faz pactos da aprendizagem do inexplicável com as dobras hápticas da existência ao desalinhar a circunflexão do tempo e exigir desconstrução anorgânica em fluxo dentro de possibilidades tecidulares múltiplas. Qualquer organização prévia será despedaçada por deambulações ópticas. Um acúmulo de energias de anamorfoses e ritmos autopoiéticos de Maturana, em permutação ininterrupta com emaranhos corpóreos do vivido-vivendo, dilaceram dispositivos autómatos adestradores, estratificadores e anuladores de espaços, de vidas-diferenças e de tempos crónicos, sim, forças hemorrágicas livram o corpo-texto-TERATOMA da cadaverização anatómica-juíza-orgânica e leva-o a um processamento de feixes iluminadores de forças de hiatos complexivos que contaminam e regurgitam o visível. Há uma força de aderências comunais tecidulares a religarem crassidades da existência de murmúrios contínuos dentro de um paradoxo, há um ritmo de cartografias quiasmáticas, uma intercorporeidade Merleau-Pontyana, uma gutação-vernação-sígnica a implicar-se na problemática do ser do sensível para ressaltar os campos de força do anónimo e do anómalo. Contaminado poeticamente pelos cenários simulacrais de “De la création chorégraphique” de Michel Bernard-Merleau-Pontyano, o Sítio Cercado Inferno, o Livro de Sagitário: Purgatório e Monsters: Paraíso de TERATOMA impregnam-se quiasmaticamente no sintoma conflitante, dúbio e flexíloquo entranhado no intrassensorial, na cegueira que se faz visiva dentro do intersensorial e na visão delirante, bastarda, ínfima e expansiva do parassensorial: este jogo energético e de fulgurações infinitamente variadas que perfura TERATOMA faz-nos abrir novos movimentos abstractos e relacionais por meio de uma percepção intervalar complexa. Superfícies de abjunções ressoantes e micropercepções incompreensíveis nos arremessam para a invisibilidade visível não-verbal que esculpe os entretempos do Sítio Cercado Inferno, do Livro de Sagitário: Purgatório e Monsters: Paraíso relançados para o infinito oceânico das reminiscências-mundos-pele como “lugar da não-inscrição” e plenos de “conteúdos não-conscientes de sentido” (J.Gil): eis as transparências sombrias de uma arquitectura respiratória em recomeço prepóstero a golpear-se e a desferir-se juntamente contra as aberturas dos prenúncios inumanos, invocando sempre as esputações musicais e crueis do corpo para não sobrenomear e para se tornar cavidade lúcida de uma desaparição no suspense estrangeiro do grito. TERATOMA adentra-se no sobressalto do real por meio do sopro fracturado da palavra já com batimentos acústicos em devoração antropofágica. Há acossamentos animalizantes envolvidos por tremores assintácticos da duração que experimentam a morte, sem morrer blanchoteanamente, sim, ultrapassam margens, sendo margens do intocável através de assombros flutuantes do que exige ser traduzido pelo silêncio, fazendo das alavancas espirituais de TERATOMA uma tremenda matéria viva geradora de tempo enlouquecido. TERATOMA não esculpe percepções hesitantes, ELE é já em si a hesitação de pontos de vista moventes no tremendo desvio-hiato dentro de uma espera do impensável que precede delirantemente o REAL: Sítio Cercado Inferno, do Livro de Sagitário: Purgatório e Monsters: Paraíso arremessa-nos para o mistério impiedoso de uma linguagem concomitantemente vomitada e incinerada através de abaladuras de acasos voltaicos suspensos nas expirações do quase-indizível que fazem o leitor visualizar o que de mais ínfimo e colossal existe no DOM da desumanização criadora de uma fala liberta do animal-em-si. O que envolve e atravessa estas zonas vibráteis de passagens reveladas nas partituras histéricas do tempo em TERATOMA é a rebentação contínua de possíveis-acósmicos contaminados por forças agramaticais-barrocas fora de uma consciência julgadora onde o sentido se torna não sentido e a visão se faz voz de uma realidade irrepresentável, destruindo qualquer designação do visível e desagregando objecto e sujeito. O todo-aberto da correnteza microperceptiva de TERATOMA é impulsionado por contágios de devires de um corpo-em-tumorização-ininterrupta que deságua em zonas in-visíveis e que não comunica, não infecta, não finaliza. Há sim, um movimento transmutante e em floração carnívora no meio de vozes rítmicas emaranhadas pelos rastos abíssicos do real, rasgando a organização de determinismos opressivos e totalizações racionais automatizadas para que o tempo da experimentação impulsione energias intensivas das errâncias subvertedoras do lógico-compreensível. O LEITOR mergulha no que está por excriptar dentro de TERATOMA por meio de um corpo acontecimental já-afectado pelas enciclopédias de ondulações de gradientes e de limiares inéditos abrangidos com forças imanentes abstractas e repletas de relações compositoras de imagens sonoras do múltiplo. Os fluxos da diferença e das singularidades criam passagens deformantes e impessoais. TERATOMA tumoriza-se para se transportar, se mudar e fugir à vampirização biológica, fazendo ver, escutar e experimentar o invisível animalizante que trespassa as palavras, os silêncios, os conceitos, as dores, os dons, as orfandades até absorver o indeterminado e o anómalo. Aqui TERATOMA se impregna numa vaga nérvea pulsátil, vitalista e tremendamente elástica, fazendo do corpo do LEITOR uma esponja de agenciamentos paradoxais onde objecto e sujeito se misturam e atingem o indiscernível. A composição gramatical e verbal se tornam tecidos e tramas de metamorfoses intersticiais onde as singularidades impulsionam o corpo-matéria-palavra-espírito, dilatando-o, engravidando-o com flutuações caóticas de uma deformação porosa e criadora de sentidos com várias dimensões de tempo entrecruzados. Uma orgia de ritmos falantes-comunais em renovação perdurável dentro de uma travessia obscura de respiros estranhos, religando as interrogações suspensas do grito à visão (R. Char). Os mapas das vozes entrecruzadas por renascenças arrevesadas de retornos afastam e aproximam as imagens visuais do trágico ao indiscernível das distâncias irruptivas da língua. O vazio se metaboliza ao misturar dicionários de rigores inalcançáveis através de terríficas escutas de actos corporais sem finalidades. TERATOMA intensifica os seus espongiários sígnicos no insondável e nos sons escondidos que Ricardo Pedrosa Alves assimila ao escolher o incógnito, as presenças invisíveis, o anónimo dos fragmentos dilatados para construir passagens abertamente sanguíneas e estranhamente ilocalizáveis na exultação animal-barroca. O espaço exacerbado das linguagens se desvia e se avizinha simultaneamente, atinge autonomia rítmica para se tumorizar sem fundo com o silêncio escarificado por uma incógnita imensamente vitalizada que faz ver as vergônteas inusitadas do mundo. TERATOMA se faz cegueira com travessias visionárias, é uma força inexplicável dentro da adivinhação turbulenta da linguagem com extravios criadores do real. Sítio Cercado: Inferno, Livro de Sagitário: Purgatório e Monsters: Paraíso fogem à codificação por meio de microconceitos evasivos e de microscópicas forças assintácticas e em variação espiralada que nos levam para diéreses excitadas do indefinido e para o inapreensível ampliador de possíveis experimentações do informe. Palavras em turbulência enunciativa expandem-se cruelmente e absorvem as rasgaduras das imagens já-desligadas das palavras que as anteriorizam impiedosamente entre outras palavras em brotamento delirante, gerando oscilações de quase-signos através de um fluxo de subtilezas híbridas que se prolongam para limites vibráteis e musicais da linguagem. Uma excripta-mangue feita de deformações espiraladas, sangramentos sublunares, incisuras do infinitivo, esboços de subterfúgios histéricos, resíduos hiléticos, manchas devaneadoras, ruínas em tradução latejante e fricções ressonantes de um animal-crítico à deriva-flanar: há inconscientes linguísticos, há transmutações de palavras em sons estimulados permanentemente por personagens do ilimitado: há “transferências amodais” (Daniel Stern) nos intervalos do tempo e nas ressonâncias do real que dilaceram as representações de um rosto. Há “passagens semióticas para outras semióticas, passagens de sentidos para outros sentidos por meio do vazio e do silêncio das turbulências, criando policromias intensivas derivadas de ritmos ecfrásicos”, contagiado por J. Gil. Há uma plasticidade de enervamentos de um grito barroco a trespassar-se musicalmente com o silêncio imprevisível da linguagem que se exsolve nas composições de uma fala intrusiva e em tensão contínua. Por vezes os ritmos linguísticos de TERATOMA entranham o corpo do LEITOR nas forças expressivas pré-verbais, criando uma dança “antepredicativa” dentro do texto-mangue. Há um rasto de tensionamentos entre o verbal e o pré-verbal, relembro aqui a permuta concomitante inter-semiótica “pós-pré-verbal” (J. Gil). Há um risco assintáctico que nunca se completa, está sempre a revolver as escutas, os raptos e as visivas da língua, esponjando sensações indecifráveis e ritmos dos alvoroços linguísticos, misturados dentro do cérebro-radicular do possível leitor, já imergido no trágico das vizinhanças indiscerníveis, das travessias indeterminadas da matéria-sensível de TERATOMA que se libertou de corpos estruturados.

O extremo da obscuridade de TERATOMA magnetiza os movimentos anónimos da errância e o sublime das aberturas da anástrofe por dentro da tumorização criativa. O arco do dizer do aformal gera desvios autopoiéticos que exigem interstícios espalhados das distâncias contíguas ao olhar hesitante silencioso que abrange e entressacha as palavras já espremidas, e lançadas fora com violência por agulhas atmosféricas. As ressonâncias estranhas das palavras dentro de TERATOMA assimilam geografias de forças inomináveis, atravessam espaços arrebatados e irradiam com ressurgências do impensável a fragmentarem o real. As palavras reverberam e experimentam o silêncio do corpo de Ricardo Pedrosa Alves, queimando-o e cicatrizando-o por meio de experiências vivas para criarem a extrema lucidez da hesitação e do obscuro que se efectua na voz emancipadora da matéria, adentrando-se no desassossego animalizante. As palavras em TERATOMA arremessam suas compressões cardíacas entre estacarias ventilatórias do Sítio Cercado: Inferno, do Livro de Sagitário: Purgatório e de Monsters: Paraíso para refazerem catástrofes e arquitectarem digressos sígnicos através de forças pré-verbais. Elas actuam, efectivam, se desabeiram, se despersuadem, se entrepõem sem chamarem um rosto definido porque articulam as suas perseguições às batidas desumanas do corpo, transvertendo os seus rumos em tempos crónicos, fazendo aparecer ziguezagueantemente as suas forças irrefreáveis entre espaços acústicos e tramas-mangues. As palavras em TERATOMA capturam mundos sensíveis às intersecções de gritos possíveis, de gritos microscópicos e assombrosos. As palavras em TERATOMA se misturam incessantemente com o antilogismo, com as incertezas pitorescas e criam travessias problemáticas na carnadura do texto-animal, não existem para categorizar ou para nos situar, elas despontam para desmoronar, desassossegar o que as contacta e as encruza, elas descabeçam para defrontarem e oscilarem o sensível exigindo que as destruam, as regurgitem dentro da língua demoníaca, nefária, suflando-as por meio de partículas por designar. Ricardo Pedrosa Alves arruína e faz originar as palavras ao impulsionar uma correnteza estética dentro da capacidade de dizer desmesuradamente através da obscuridade e da estranheza, gerando topologias moventes, reviravoltas cartográficas com as palavras que esboçam mapeamentos entre passagens da desaparição. Aqui o sentido brinca com a morte, inventa a morte sem a cultivar, sem a glorificar, lançando os órgãos anorgânicos do leitor para dentro de uma gigantesca boca de alçapremas vibráteis que libertam as essências da substância inanimada, tornando as palavras profanas, híbridas, violentas e sagradas ao buscarem loucamente o inconcebível para se deformarem. As palavras em TERATOMA assimilam o silêncio da cronicidade rítmica perfurando uma fala-excessiva-desmedida. Esta fala escuta o recriado dentro do vazio que exige do leitor “o saber esperar” e o saber estar à espreita-kairótica através de dobras, de sopros, de peugadas, de entranhas, de fendas, de rasgos que o fazem absorver as impulsões disruptivas do verbo para se desviar de uma significação totalizante. O sacrare da voz em desmesura surge no exílio sanguíneo que a tumorização-germinal impulsiona dentro da geologia compositiva de TERATOMA. As palavras ensoam e mancham as vozes recriando a crueldade do silêncio porque tudo se abisma como um apavoramento tartamudeado pelas fluências paradoxais onde os sentidos estão em permanente flutuação variante. Em TERATOMA tudo se assoma para ser libertado e abrir a matéria viva, talvez para combater as pulsões de morte.


O movimento da linguagem retorna aos sentidos informes de onde ela despontou, deformando-se sensorialmente ao criar ondulações e variâncias: afectado pelos conceitos filosóficos de J.GIL: há em TERATOMA uma correnteza ecfrástica entre pintura e excripta, uma agramaticalidade plástica intersticial: há microscopias intervalares que intensificam o real do real: cartografar o vazio, o hiato, a intermitência, o silêncio e o imperceptível com as imagens do texto-mangue que derivam de forças plásticas perfuradas pelas forças do movimento browniano. As palavras se animam incessantemente ao extraverterem as bordas e as fronteiras das formas da excripta: há uma inconsciência a secretar novas maneiras de ver o olhante: uma “écfrase embrionária”, “ uma pré-língua da língua” e um murmúrio barroco-visual das palavras se fazem impulsos estranhamente auditivos. Tudo se problematiza plasticamente dentro da excripta do visível, questionando “o que se vê e o que é olhado” (J.Gil e Didi-Huberman). Há uma voltagem interrogadora entre “sentiente e o sentido”. Em TERATOMA o animal-excriptor imerge e sobressai pelo meio de um pensamento fora de imagens antecipadas que relança tensões acósmicas entre a imagem movente dentro do impensável, as tremendas plasticidades imagéticas e as imagens da excripta, estimulando sentidos múltiplos. O sistema nervoso e o cérebro são afectados por esta avalanche de estranhezas sígnicas, provocando muitas vezes uma devastação no leitor que se socorre de um “parergon verbal” para gerar sentido dentro dos clarões obscuros das superfícies do mangue-texto. As “presenças nuas” do sensível da pré-excripta religadas a epifanias e a impiedades rítmicas tornam sensíveis forças ocultas por meio de sensações em escoamento selvático. O leitor é atravessado por forças espasmódicas anorgânicas. TERATOMA e sua tumorização-excriptora cria coexistências assignificantes com os nervos do leitor que tentam traduzir as manchas, os emaranhos, as tramas e os traços de uma plasticidade verbal e não-verbal no ilocalizável contagiado pelo acaso. Há um combate entre a mão de Ricardo Pedrosa Alves e a excripta porque a catástrofe e o caos-germinador os envolvem e os arremessam para devastação da “mimesis do real no espaço do texto”. Há uma proliferação diagramática, relembrando a “Action Painting de Pollock forças-dripping em devir dançante”: o texto torna-se uma esponja de encontros extremados dos afectos anorgânicos do excriptor. O corpo do excriptor se adentra, se entranha no espaço-textual onde visão e corpo criam uma hapticidade egípcia turbulenta, o texto se plenifica por meio de uma visão-táctil (Riegl e Maldiney). Todos os órgãos se inscrevem numa zona de passagem e qualquer “determinação estriada e euclidiana do visível” será despedaçada através de um alisamento gérmico: a “figura é extraída da figuração” através de um olho-excriptor em desassossego ininterrupto: um olho-aptô sensorial a contagiar-se com as forças acidentais do texto. O movimento háptico do olho-excriptor. As palavras impregnadas de dilatações em contracção criam estonteamentos sensoriais onde os textos despontam carregados de “olhares-olhantes” (Didi-Huberman) em êxtase, arruinando organizações representativas. O tacto-da-excripta se torna a vitalidade de TERATOMA, a potência haptocêntrica como nos disse Jacques Derrida: há demudanças instáveis, há inconstâncias ininterruptas e o acaso autopoiético sempre a contagiar as texturas irreprimíveis dentro de lances das latências inconscientes das “imagens-nuas” (J.Gil). TERATOMA se faz JOGO de deformação dentro do vomição do silêncio que atravessa o impensável e relança o LEITOR para o encurvamento do desconhecido onde cada palavra faz o espírito tresvariar e produzir tempo crónico. TERATOMA é sempre recomeço-écart a levar o leitor para as “formas invisíveis das formas” as micropercepções gigantescas, as sensações ínferas (J. Gil). Os micromovimentos de TERATOMA apresentam-se dentro do incomensurável e da indeterminação, abre-nos ao infinito e à “não-inscrição “ “ao nascimento do possível” (J.Gil). A instabilidade agramatical de TERATOMA se faz devir-excriptor, devir-transleitor, arrasando qualquer tentativa monolítica-orgânica por meio de errâncias rizosféricas e de conexão de cavilações sígnicas intensivas. TERATOMA faz com que o leitor se torne um movimento variável do inacabável, um movimento policromático. Há uma plasticidade vibrátil a desfigurar o texto, uma picturalidade deformável, há uma correnteza plena de dobraduras, de desvios, de tendências cinemáticas, de campo de forças voltaicas. As palavras tornam-se práticas de forças de isolação, do excesso, de espalhamento nérveo, da estagnação, da des-carga, do atraimento, da gravitação, do brotamento do tempo que se faz diferença, divergência, histeria, ritmo e criação. Há rebentamentos e propagações do sensível onde o espírito é corpo anorgânico, indeterminado, fazendo coalescências nas sensações imparáveis. Uma golpeadura espasmódica, um impacto acósmico, um instante durável a antever um assopro de intensidades de TERATOMA e um derribamento respiratório impregna-se num aglomerado de punctuns-seta de Barthes que nos abre cruelmente às traçaduras expressivas e à autonomia do sensível perfurador do texto. O leitor experimenta o impossível, o anómalo, o inominável, o extremo e o risco. Entrar em TERATOMA é “mergulhar na hapticidade do sensível” incitadora de existências convulsivas por meio de uma ferida-tumorizada que se transmuta singularmente na sua própria deformação. O pensamento em TERATOMA gera vida deformante onde matéria, imagem, palavras, verbos, silêncios, suspensões, espaços em branco despontam como fontes energéticas ressoadas nos sentidos e dentro de um olho-cinemático que vai explorar as dismorfoses através de micropercepções inesperadas. Ler TERATOMA é submergir nos estorcimentos da imagem antes da composição-patchwork do texto por meio de um corpo-olhante que extravasa as formas em direcção às forças assignificantes e corporaliza as forças afectivas do inominável. Há ritmos intervalares em TERATOMA que nunca geram um sentido porque se envolvem numa correnteza quase-sígnica, há um limiar (edge-phenomena) (J. Gil) que anterioriza o fluxo inobjectivado da visão e nos abre para os movimentos das subtilezas (experimentar inconscientemente). As imagens nuas de TERATOMA advêm em conexão com as transduções e as forças biológicas “auto-cinéticas” do sensível de Simondon. Há uma tremenda procura de sentido dentro do invisível e do instável que dissolve qualquer rostificação, despedaça sistemas orgânicos e rasga encadeamentos sensório-motores, fazendo ressurgir “forças ópticas e sonoras puras” que arruínam a consciência personificada. TERATOMA nos leva para uma fricção entre o tempo redescoberto pela memória involuntária de Proust e o Gargântua e Pantagruel, de Rabelais. Há dimensões de tempos histéricos em afloramento que se entrecruzam, há coexistências de instantes do tempo ondeRicardo Perosa Alves busca lances de insânia, de vidências que reconstroem voragens equilibristas do abalável por dentro da vida-êxodo-exílio que é natureza metamórfica, é o phaneron barroco a irromper nas linhas abstractas dos corpos-TERATOMADOS que nos forçam a mergulhar no caos do “pensamento sem imagens” dos filósofos da diferença. Há um ritmo avassalador e criador de mundos possíveis proustianos, transbordando sem fronteiras, sem limites, sem balizamentos: TERATOMA se faz radícula de inconscientes dentro da linguagem, uma mónada arrebatadora e pulsátil no olhar, um labirinto silencioso de espelhamentos, uma insânia incorporal, um paradoxo roseano que se faz devir ininterrupto gerando tempo por meio do espírito que é entrecruzamento de instantes do vivo entre esboços contínuos e contorções gérmicas inesperáveis. TERATOMA advém de uma percepção cruelmente in-consciente. Em TERATOMA também as imagens provêm desabaladamente e impregnadas de ritmos autónomos, afastando-se das forças perceptivas, (contagiado por J.Gil). Todo o corpo do LEITOR se torna ressonância de uma animalidade-do-ser-do-sensível: a “plasticidade foge muitas vezes à palavra” porque a palavra não gera sentido, é o sentido que gera a palavra. TERATOMA torna-se um aglomerado de “sensações ínfimas”, uma zona de travessias do “não-verbal ao linguístico” um “ fenómeno do limiar” (J.Gil): eis TERATOMA “o sentido confunde-se com o movimento do corpo, porque o sentido é imanente ao corpo e porque o movimento do corpo prolonga o movimento das coisas, o sentido desprende-se do movimento do corpo e das coisas, o movimento é o movimento das imagens que vêm do movimento do plano: o movimento das imagens sobrepõe-se ao movimento do plano, o sentido surge como movimento do plano, agora ordenado pelo movimento das imagens, ao retirar-se do espaço, o corpo desliga-se do próprio plano onde ele e as coisas se moviam, ao mesmo tempo que projecta aí o seu movimento, aí situa-se o espaço sem corpo, isto é, o intervalo vazio entre conteúdos perceptivos a transformarem-se em imagens, esse plano é o plano do movimento do pensamento que vai ligar as imagens, mas cujo movimento não aparece porque o intervalo desaparece quando as imagens se soldam umas às outras, se combinam imediatamente umas com as outras. Para chegar ao pensamento puro, é preciso abrir o intervalo vazio entre as imagens e nele mergulhar.” (J.Gil) em fricção com as forças do associacionismo de Hume e de Locke.


TERATOMA é um metabolizador possessivo de heteronímias pitorescas, de fractalizações, de falhas linguísticas reflectidas em acessos indiscerníveis. Nas travessias e nas vazaduras rítmicas de TERATOMA há uma obscuridade sígnica que exige tradução contínua para se movimentar impensadamente dentro do manguezal-língua. Entranhar no caos de TERATOMA exige uma réstia de consciência criativa para não nos perdermos completamente, sim, saber dançar o intensivo, as fugas abstractas, os desvios indeterminantes dentro da assintaxia. Nunca intencionalizar, objectivar ou criar finalidades em TERATOMA porque forças ínfimas e vibráteis e movimentos do invisível que atravessam os mapeamentos das ressonâncias do texto se tornam pensamento subtil e imprevisível por meio dos vazios que perfuram os sentidos geradores de palavras. Uma latência múltipla e anorgânica do intensivo impulsiona o acaso experimentador do impossível e do anómalo: estamos dentro de um pensamento voltaico fora de imagens pré-concebidas, o caos está sempre em construção e a saída-inflorescente dele também: haja ritmo na leitura de anómalos e muita força da desmesura barroca para enfrentar o indiscernível e extrair a singularidade que faz vida abíssica e exultante em TERATOMA. O leitor entranha-se nas energias barrocas e inflorescentes, na imperceptibilidade cósmica de TERATOMA e TERATOMA absorve os movimentos turbulentos do leitor: mangue-rítmico nas misturações etológicas da eternidade: uma língua indeterminada nas topologias moventes do incomensurável: coro grego: TERATOMA se faz limiar extremo através de dismorfoses, de dicionários anómalos e de espessuras alógicas. Uma palavra dentro da sua própria devassidão mistura-se noutra palavra e cria fendas assintácticas, rupturas expressivas, conceitos movediços já contagiados por ritmos pré-verbais envolvidos pelo inconsciente, que faz do texto o real ainda mais real: o real revigorado na entortadura porosa e paradoxal do texto. O leitor se abre, se multiplica através da sua pele turbilhonante que é já pele indefinida no jogo dos vazios mutantes do texto. O leitor reinventa-se no impossível rítmico de TERATOMA: uma fabulação de energias infatigáveis. Forças microscópicas e bifurcações gérmicas cruzam mapas que sobem à superfície do texto-TERATOMA através de imagens contraentes, fractalizando a repetição diferencial da leitura por meio de decomposições que se autopoietizam mutantemente onde cada movimento híbrido da palavra se infinitiza na relação reminiscente com uma virtualidade do real a sintetizar a dissemelhança por dentro da antigenealogia. Impressões voltam-se imageticamente para as velocidades inauditas do delírio do texto: tudo se torna indeterminado e acentrado entre o olhar eidético do leitor que se entranha nas forças plásticas das reminiscências futuríveis de TERATOMA: aqui o tempo da imanência faz das forças ininterruptas intervalares uma improvisação e um sopro sígnico no instante durável de uma possível fuga das imagens feitas pelo ritmo da diafaneidade. Há uma diferenciação intratemporal a compor-se por dentro de uma realidade irrepresentável. Por meio de esboços da deformação sígnica, o leitor intuitivamente assimila o inesgotável no vazio do texto que exige em si renovação onde os digressos de clinâmen se envolvem de relâmpagos quase verbais que despontam dentro das camadas acronológicas. TERATOMA coacerva-se e refracta-se para se diferir antes de qualquer movimento perceptível objectivado, testemunhando a vibração da matéria-viva que atravessa as demudanças de um corpo-texto. A leitura está no cine-olho entranhado no texto que tenta traduzir a repetição caótica da natureza até ao plasma do equívoco impregnado por um todo-aberto do sentido paradoxal. O leitor assimila partículas de múltiplos tempos inactuais onde o informe das palavras arremessa suas espessuras em decomposição fazendo experimentar as consistências indecifráveis e indiscerníveis de espaços do texto que geram eternidade por meio do intempestivo. As raias indefinidas da duração do texto abrem passagens de feixes de forças de encontros transmutadores de energias sígnicas, criam redes plásticas entre diéreses suspensas e falhanços inconscientes a tangenciarem o caos com traços inobjectiváveis, intermitentes, interrogativos. Um CORPO feito de forças vivas e aformais absorvidas e expandidas simultaneamente pelos magnetismos de TERATOMA: o acaso tremendo, uma vomição-larvar, um quase-desastre, uma nervura, um sintoma saturado, uma descodificação sismógrafa, o entrevisto e o inabitual constroem o desmesurado e o excessivo que se refazem no inacabável, na errância e no exílio, afirmando a luminosidade do grito insonoro entre traçaduras deslizantes das palavras que saltam por dentro de pluralidades de sensações, de bosquejos de vazios até à obscuridade liquefeita noutras obscurezas arrebatadas. Aqui o leitor reconstitui-se na complexidade infinita das partículas da absoluta lucidez-TUMORAL: é o delírio a percorrer o salto intransferível do tempo por meio de criação do real que é já provocação ondulante estilizada em vários pontos de vista. Em TERATOMA a duração de subtis vibrações entranham-se nas aleturgias vesânicas e nos movimentos cínicos-ethopoiesis que escandalizam o corpo por meio do inacessível parresiasta. Há uma força do indecidível de uma correnteza de imagens transdutoras que se impregnam no ritmo anorgânico do texto destruindo as tentativas de determinação de um significado e muitas vezes os conteúdos se desviam totalmente entre ressonâncias de ventilações limiares e exercícios inconscientes. O mais inesperado do leitor assimila o interior intensivo e dilatado do texto repleto de corpos e de sintomas animalizantes traduzindo o múltiplo de uma crueldade delicada no extremo das superfícies tumorizadas. As forças germinais do presente assimilam as bordas do passado impulsionando a nidação plástica do futuro e fazendo do tempo um recomeço turbulento, crónico e grávido de desmesuras, de desvios e de transbordâncias. As energias sensoriais das palavras deslizam pela porosidade das superfícies fundas e metamórficas do texto que se torna avesso histérico em demudança ao infinito (Artaud). Fluxos, contágios e sensações incessáveis: forças caleidoscópicas e fissuras do sensível penetram o espaço do texto-TUMORAL simultaneamente inacabado e extravasante onde coexistências moleculares abrem o leitor de TERATOMA às violências sígnicas do imperceptível. Uma leitura da imanência prenhe de limiares das forças dos acasos onde os inconscientes multissensoriais acontecem dentro de revérberos do anómalo estimulam desabaladamente imagens do heterogéneo a religarem-se a outras imagens fronteiriças ao ponto de desaparecerem barrocamente. O leitor de TERATOMA olha o interminável e o espanto da fuga do animal por dentro do caos que se faz texto nos embates de um dizer obscuro e em alamento ressoante: ler TERATOMA é ser contagiado pela sua indeterminação anónima através de uma língua acósmica escarificada pela sua própria distância molecular de impossíveis e de constelações arrevesadas por dentro da variação ínfima, interminável e relacional. A vesânia vizinhança da língua se torna múltipla ao germinar por dentro e voltada para dentro até acontecer-compor no pacto complexo de uma tumorização-vida. Uma força acústica in-visibiliza-se no informe-caótico de TERATOMA ao estilizar-se por meio das temperaturas hápticas de uma demudança diabólica entranhadas no inefável onde o paradoxo se assevera dentro de um jogo de leituras involuntárias e mutantemente acronológicas. Ler TERATOMA é complexificar as velocidades olhantes do interminável entranhado nos seus personagens barrocos: há uma afectação incorporal ao conpcetualizarmos energeticamente os fluxos animalizantes que atravessam o poema-romance. Em TERATOMA o silêncio do impossível se mistura com os mapas dos gritos das palavras, envolvendo imagens espessas e simultaneamente esponjosas que dilatam espaços drenados por um liame turbilhonar onde acessos críticos do impensável criam desvios nos embates do visível para assimilarem os repercussos sensoriais e obscuros do corpo em tumorização vitalizadora. As palavras e as imagens friccionam-se no dizer da incógnita e abrem interstícios nas claridades do imprevisível onde movências de alvoroços da visão estimulam TERATOMA a construir vergamentos e dobras no seu próprio desmanche tumoral até atingir as golpeaduras de uma cegueira de uma presença incontível. As palavras distanciam-se dos desígnios da visão e absorvem vibrações de um espaço topológico ao alcançarem o esquecimento e a ocultação já impregnados pelo vazio compositivo que lacera verdades através do inominável de uma ré-existência sem começo, nem fim, porque a inesgotabilidade fluídica do real faz TERATOMA gerar o inominável e o estilhaçamento infinito à volta de uma membrana do impossível barroquizado. Há uma ruminação histérica que lança ventosas das distâncias e dos hiatos do silêncio por dentro de voragens das palavras sem voz que esculpem ressonâncias de falas na estranheza de murmúrios exilados no inatingível: aqui TERATOMA é crivado por mapas indeterminados, por vezes desertos hápticos transmutam as contorções da excripta com pasmos do real entre ruflos ininterruptos que levam Ricardo Pedrosa Alves para o que poderá ser dito dentro do súbito da tumorização e concomitantemente exigindo uma fenda-gérmica que ainda não aconteceu. Um golpe extasiado de palavras bate no vazio de uma existência em tradução impessoal e torna-se insaciável ao atravessar, esgaivar e transfixar as espessuras das imagens do acaso, do caos, da pré-catástrofe, para extrair visões imperceptíveis com estiletes de esboços verbais que recomeçam sem origem, fazendo desvairar a língua, criando uma dobradura de centelhas sígnicas por dentro da estranheza. A fisionomia de TERATOMA afasta-se desabaladamente entre texturas mergulhadas nas lacunas agramaticais. Forças imatéricas das palavras fogem aos contornos de um olhar-alvo para se ventilarem com o inatingível, o inabitual, o inominável e reconstruírem revestimentos e rasgões alvoraçados com outras camadas cartográficas em suspensão animal. Rastos de aberturas de clarões-sígnicos nunca assoalham e não revelam ou estranhamente dizem porque TERATOMA avoca Ricardo Pedrosa Alves e o arremessa para uma reentrância indiscernível, inclassificável, provocando uma ruptura perceptiva, uma alucinação abstrata e tremendamente lúcida entre e sobre um distanciamento mutante feito de actratores de imagens do impensável infiltrados nos interstícios da linguagem. Há uma relação de forças enciclopédicas-pitorescas desdobradas pela interrogação-deslizante, pelas imagens inapreensíveis e pelos hiatos que fazem encontros de tempos co-existenciais na presença de um animal-texto, exigindo experimentação ininterrupta dentro do seu próprio desvio indecifrável, envolvendo as suas correntes sanguíneas nos vazios estimuladores da crueldade subtil do impossível. TERATOMA vai para além de quem o construiu porque ELE é um animal-aberto, estranho, desconhecido, insituável, imperceptível, inabitual e criador de sentidos infinitos dentro de tempos crónicos. TERATOMA é já um exórdio de estranhezas dos sopros testemunhais onde os rasgamentos sígnicos criam pactos topológicos bifurcados antes de inaugurar uma voz e um som na memória desumanizadora. A duração irrepetível e intransferível da palavra é o real a estilizar-se pleno de entres de uma voltagem animalizante: fugir ao que foi dito com um tremendo aperto do inexprimível que se envolve no silêncio por meio da sua opacidade em fissuração ou será uma transparência densa de um grito a gravitar sobre si-mesmo para gerar desaparição dentro do que há de mais próximo de um espiráculo pré-verbal? O aticismo do fogo mais ínfimo na tumorização germinal de TERATOMA se desvia das palavras de um hábito consciente, desenhando as intimidades da matéria que batem cruelmente na superfície infindável do real através do silêncio do inexprimível e do incompreensível onde o sentido adensado pela repleção do vazio e por espessuras ambíguas está para lá de si-mesmo. Há um jogo de rastos derridianos que envolvem o incomensurável dentro das volteaduras do finito, um fora adentrado em transbordância, uma transimanência nancyniana, que abre TERATOMA às sensações enxameadas por coexistências temporais, permutando os descentramentos do indizível com ritmos inéditos barroquizantes. Dentro da desmesusa e do colossal de TERATOMA há um corpo-subjétil-microscópico (Derrida-Artaud) que se faz performance de leitura de dobras movediças em redobra do inefável e do quase-ininterpretável atravessado por um tempo aionicamente autónomo, diferindo-se ao envolver o Sítio Cercado: Inferno, o Livro de Sagitário: Purgatório e Monsters Paraíso com micropercepções desmedidas a pulsarem no gigantesco olho-corpo azougado e radicular de Ricardo Vieira Alves. Os movimentos subtilizados do leitor-dançarino perfuram os espaços moventes entre os liames indecifráveis das palavras que religam os seus desmanches, as suas sombras-manchas por meio de uma zona de tecelagens indiscerníveis, uma microzona órfica, germinativa e estimulada por distâncias adjacentes de uma partitura larvar ad infinitum. Os sons das palavras libertam-se dos ressaltos anónimos de TERATOMA e decompõem a linguagem com bifurcações abstractas captadoras de territórios vesânicos-sígnicos, fazendo das ondulações do texto um grito silencioso entre ressonâncias irradiantes das ruínas do real em composição tremendamente mutável. Ricardo Vieira Alves fragmenta as interfaces de Sítio Cercado: Inferno, do Livro de Sagitário: Purgatório e do Monsters Paraíso, forçando o leitor a buscar o subterrâneo pulsátil da língua para a respirar invertidamente e assimilar seu ritmo espiralado-mosaicista-barroco: por vezes despontam alvos-falsários que exigem passagens de crivos verbais demoníacos, fazendo desaparecer o leitor, ou seja, um traço do perigo linguístico avoca o intocável e o invisível para se tornar uma experiência do desassossego do real por dentro da devoração das palavras já tumorizadas pelo ritmo que rasga a fala irrefreavelmente.


TERATOMA gera o tempo enlouquecido por meio da sua própria cartografia anómala prenhe de assombros flutuantes e enviesados. TERATOMA desdobra os acessos heteronímicos para a incomensurabilidade e para a desmesura do sentido que é uma abertura de um fora de contorções imparáveis e de uma co-excriptura derridiana. TERATOMA se esculpe a si-mesmo com afloramentes abíssicos e nos atravessa com o insondável cruel para nos acordar microperceptivamente. O leitor poderá desaparecer mas TERATOMA está aí como um modo de ver-ler, asseverando-se ininterruptamente dentro de um acto vidente criador de vida e de novos macaréus, novos maracatus, novos manguezais, novas visões, novas sensações: uma pororoca que faz viver o inédito e nos arremessa para o incomensurável e para a desmesura de um pouco de possível se não morreremos Kirkegaard. O corpo do leitor se desdobra de todas as maneiras, torna-se um corpo-constelar-mosaicista impulsionado pela ética da desumanização, uma ética do acósmico traçador de linhas expressionistas, abstractas entre silêncios do germinal e uma alucinação geradora de tempo-tecelagem-sémiotique de Kristeva. Sim, o impossível em TERATOMA cinzela uma força ética, cruel e propulsora da visão (contaminado por Blanchot, Didi-Huberman) onde o estilete bifurcado e rizosférico de Ricardo Alves Pedrosa questiona o que pode a excripta perante a arte de um corpo TUMORIZADO-germinantemente entre “o veio a ser, a abertura de um vir a ser ou um ainda não” de Bloch e os personagens ritmizados delirantemente de Olivier Messiaen? TERATOMA é a linguagem em tumorização a biopsiar-se incisionalmente a si-mesma. Pelo meio do manguezal: Sítio Cercado: Inferno, do Livro de Sagitário: Purgatório e do Monsters-Paraíso, o leitor e a leitora escolherão as fissuras acósmicas dos brotamentos existenciais… ou com toda a liberdade-livre farão outras danças contorcionistas, alastrando ruínas irreprimíveis numa geometria arquimediana e riemanniana. Haja leitura em deformação por dentro de turbulências hápticas porque o olho anorgânico dentro de TERATOMA movimenta-se ininterruptamente e busca o aplat-híbrido aliando estonteamentos animalizantes ao ilimitado quiasmático. Ler TERATOMA é dançar as subtilezas do abismo com a acosmicidade sensorializada do olho: um olho-leitor fractalizante e espasmódico a arrasar a doxização e a estriagem perceptiva porque TERATOMA se faz ondulação nérvea-vitalista-impessoal, prenhe de sonoridades diagramáticas e de linhas dismórficas onde o espaço de visão-adjacente às aberturas acidentais fazem da leitura do Sítio Cercado: Inferno, do Livro de Sagitário: Purgatório e do Monsters-Paraíso uma estranheza do ínfimo e do pré-individual que corporaliza afecções inomináveis fora de qualquer desígnio. As imagens que precedem as possíveis leituras arremessam forças quase-sígnicas: possivelmente TERATOMA advém da evacuação sígnica fistulada, da tremenda hematose e do despenhadeiro de uma invisibilidade cinemática a reconstruírem uma visão por meio do inacabável tensionado pelo tempo puro. Se Denis Diderot contagiado pelas forças estéticas-pictóricas de Boucher nos diz que o olho não sabe onde parar, o olho nunca está em repouso impulsionando em si um tremendo alvoroço microperceptivo… o olho do leitor em TERATOMA também se torna uma dança ininterrupta policromática e alocromática escultora de uma física da desumanização e do desassossego: um olho-maracatu. Por vezes TERATOMA exige do leitor um OLHO camaleónico com um arco de 360 graus de visão para avistar-des-cortinar os ritmos clásticos do texto em várias trajectórias simultaneamente… outras vezes exige o olho-incansável-do-albatroz, outras vezes a visão-borboleta, outras vezes a visão-do-abutre e outras vezes a visão-águia-de-asa-redonda: há que ler-ver-olhar por meio do arroubamento do despenhadeiro, que ainda não está excripto entre as de-composições da carcaça incessantemente teratomizada e do le saignement de la viande.

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